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sexta-feira, 30 de março de 2012

LEPTOSPIROSE TOME CUIDADO


leptospirose, também chamada de Mal de Adolf Weil ou, na sua forma mais grave,Síndrome de Weil. É uma doença bacteriana que afeta seres humanos e animais e que pode ser fatal. Foi classificada em 1907, graças a um exame post mortem realizado com uma amostra de rim infectado - mas vale lembrar que a doença já havia sido identificada em 1886, pelo patologista alemão Adolf Weil (em sua "homenagem", a doença recebeu o nome de "Mal de Weil").
Pode ser classificada em:
  • Forma anictérica (sem amarelamento da pele) ou com poucos sintomas. É a forma mais benigna e presente em 90% dos doentes.
  • Forma ictérica (pele amarelada) ou Doença de Weil. Forma mais grave que acomete 10% dos doentes. Pode levar à morte.
É uma zoonose causada por uma bactéria do tipo Leptospira que, eliminada principalmente na urina de roedores, permanece em coleções de água a espera da pessoa que nela adentre. Assim, as pessoas podem contaminar-se não apenas ao entrar em áreas urbanas alagadas pela chuva, como também em coleções de águas rurais de lagoas, represas e riachos.[1] A bactéria invade por pequenas lesões de pele ou pelas mucosas em contato com a água (oral, nasal e ocular).

Diagnóstico

O diagnóstico da doença não é fácil, dada a variedade de sintomas, comuns em outros quadros clínicos. O diagnóstico final é confirmado por meio de testes serológicos como o Ensaio Detector de Anticorpos de Enzimas (ELISA, no acrônimo em inglês) e o PCR (acrônimo em inglês para Reação em Cadeia da Polimerase = Polymerase Chain Reaction).E o bmx é muito importante.e didatico....

Sintomas

Como ocorre em várias outras doenças infecciosas, o quadro clínico da leptospirose varia muito de indivíduo para indivíduo. O paciente pode apresentar desde quase nenhum sintoma, o que é o mais comum, até um quadro grave com risco de morte.
O período de incubação pode variar de 2 a 30 dias. A média é 10 dias de intervalo entre a contaminação e o início dos sintomas da leptospirose.
Mais de 75% dos pacientes apresentam febre alta com calafrios, dor de cabeça e dor muscular principalmente nos membros inferiores e panturrilha que, às vezes, atrapalha inclusive a locomoção do paciente tamanha a intensidade da dor. 50% apresentam náuseas, vômitos e diarréia. Um achado típico da leptospirose é a hiperemia conjuntival (olhos acentuadamente avermelhados).
Outros sintomas possíveis incluem tosse, faringite, dor articular, dor abdominal, sinais de meningite, manchas pelo corpo e aumento dos linfonodos, baço e fígado.
Como os sintomas da leptospirose são semelhantes às de várias outras doenças febris, o dado mais importante para o seu diagnóstico é a exposição recente a situações de risco como enchentes ou contato com água de poços, fossas, bueiros e esgoto.
A maioria dos pacientes melhora em um semana. Algumas vezes a evolução da doença é bifásica, com alguma melhora por 2 ou 3 dias seguido de nova piora dos sintomas.
A maioria dos casos de leptospirose apresenta evolução benigna, porém, em cerca de 10% a evolução é mais grave, complicando com insuficiência renal aguda , hemorragias, insuficiência hepática e insuficiência respiratória.
Os pacientes que complicam costumam apresentar sinais de icterícia (pele amarelada) após o terceiro dia de doença. Um sinal muito característico da forma grave é a icterícia bilirrubínica (icterícia mais vaso dilatação, uma mistura de pele amarelada e vermelha, muitas vezes de especto alaranjado)
O diagnóstico do final é normalmente feito através da sorologia sanguínea. Conhecida também como doença do rato.

Causadores da doença

A doença e transmitida pela água e urina dos animais, principalmente ratos. Em caso de enchente pode ser mais perigoso, já que as pessoas passam pela água suja sem proteção, correndo mais risco de pegar a doença. Se não for tratada corretamente a situação pode se agravar e pode levar a morte, apesar de ser raro.

Complicações

Complicações incluem falência renalmeningite, falência hepática e deficiência respiratória, o que caracteriza a forma mais grave da doença, conhecida como doença de Weil ou síndrome de Weil. Em casos raros ocorre a morte pela falta de ar.

Tratamento

A leptospirose é tratada com antibióticos, como a doxiciclina ou a penicilina e principalmente com estreptomicina ou dihidroestreptomicinaque elimina a bactéria dos rins e, conseqüentemente, a transmissão desta doença. Em animais a recomendação por lei é de que, uma vez confirmado o diagnóstico, o animal seja internado em uma clínica veterinária e sejam tomados os cuidados sanitários.
LEPTOSPIROSE EM CÃES 
Em cães, doença aguda, febril, com sintomas intestinais, hepáticos e renais. Os cães são sensíveis a ela, os gatos raramente o são. Afeta animais de ambos os sexos, de todas as raças, independente da idade. O sorotipo canicola fica alojado nos próprios cães. Eles apresentam ou não a doença aparente, mas a bactéria fica alojada nos rins, sendo eliminada constantemente pela urina, por um, ou mais. Como os cães têm o hábito de cheirar a genitália do outro , pode haver contágio direto de um cão para o outro. Se ele ficar solto na rua, sua urina contaminará o chão das ruas, e outros cães que cheirem esta urina quando passeiam com o dono . Em cães de área rural, tudo em sua volta se contamina, inclusive outros animais.O sorotipo icterohaemorragie tem reservatório em ratos, em média por 2 anos e meio. Eles contaminam o chão, água, e alimentos com sua urina ou quando são comidos por raças que caçam.
Normalmente sem medicação, mais de 75% dos animais doentes morrem, e em torno de 75% dos animais trazidos à clínica veterinária muito tarde também morrem. Animais vacinados também podem, infelizmente, pegar a doença, porém a pegam mais suave. Isto ocorre porque as vacinas disponíveis no mercado só protegem seu animal contra 2 sorotipos, e a contaminação poderá ter sido por outro sorotipo.
A forma aguda tem início súbito com vômitos, diarréia, febre, o animal fica abatido e quieto, e não come nada ou muito pouco. Também pode ter dor de barriga intensa (e até andarem arqueados por causa disso). A temperatura nos primeiros 2 a 3 dias normalmente está acima dos 41º. Entre o quarto e o décimo dia a temperatura cai. Se o animal conseguir vencer a fase agudas e resistir nos primeiros 15 dias , passara a convalescência, que pode durar de 15 a 30 dias. A grande maioria dos animais não resiste a doença entre o quarto e o sétimo dia.
Cuidados para evitar a doença:
1- Tratar os animais doentes, para não disseminar (espalhar) a doença ainda mais.
2- Combater os ratos ( em caso de dúvidas, consultar o departamento de zoonoses da prefeitura, a “carrocinha” ).
3- Evitar águas paradas, ter cuidado em enchentes.
4- Não deixar quintais e jardins das casas com recipientes que possam alojar ratos e água parada da chuva.
5- Vacinar os cães. Gatos não se vacina contra leptospirose, pois eles são resistentes à doença e geralmente não reagem à vacina. Os cães devem ser vacinados contra leptospirose junto com outras vacinas aos 2, 3 e 4 meses e depois disso anualmente. Porém animais que vivem em áreas com muitos ratos ou com águas paradas perto e/ou muitas enchentes, devem ser vacinados a cada 4 a 6 meses.
Repetindo, infelizmente, no caso da leptospirose, mesmo os animais vacinados podem adoecer , e eliminar a bactéria pela urina.
A diferença é que a doença é bem mais suave nestes animais e as chances de eles não contraírem a doença é grande.



Leptospirose no Brasil 
Casos confirmados, por local de transmissão: 1996 - 2005

Região
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005*
Total

Norte
689
484
584
340
391
142
230
248
202
181
3.491

Nordeste
1.002
847
514
194
1.006
643
598
501
801
600
6.706

Sudeste
3.350
944
1.242
1.102
948
1.188
901
986
1.305
1.029
12.995

Sul
502
863
1.084
782
1.094
1.617
851
1.158
656
838
9.445

Centro-Oeste
36
160
25
15
48
44
38
54
68
49
537

Total
5.579
3.298
3.449
2.433
3.487
3.634
2.618
2.947
3.032
2.697
33.174

* dados sujeitos à revisão.
Fonte: Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde, 2006. 

No Brasil, entre 1996 e 2005, foram notificados 33.174 casos de leptospirose. Apenas os casos mais graves (ictéricos) são, geralmente, diagnosticados e, eventualmente, notificados. A leptospirose sem icterícia é, freqüentemente, confundida com outras doenças (dengue, "gripe"), ou não leva à procura de assistência médica. Os casos notificados, provavelmente, representam apenas uma pequena parcela (cerca de 10%) do número real de casos no Brasil. 







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